Vinhas
As nossas uvas são provenientes de 3 propriedades, totalizando 8 hectares de vinha.
São cerca de 8 hectares de vinha, em 3 pequenas propriedades, Cornalheira, Carvalha e Arrabalde.
Na Cornalheira, são 5 hectares de vinha situados nas encostas xistosas do Vale da Figueira, a uma altitude que varia entre os 350 e os 400 metros. Este vale, pouco mais abaixo desemboca no vale da Veiga, uma extensa planura que serve de leito à ribeira dos Piscos, agora célebre pelas gravuras rupestres de Foz Côa, das quais se salienta o “ homem de Piscos”, representação humana, particularmente rara na arte paleolítica. O Vale da Figueira foi em tempos, até aos anos 60 do século passado, cultivado com searas de centeio, coexistindo por vezes nos declives, com a exploração da amendoeira. No vale propriamente dito eram as oliveiras centenárias, que ainda hoje se mantêm. A pastorícia sempre existiu e terá tido como base, um pequeno aglomerado de casebres, hoje em ruínas, conhecido por Quinta do Vale da Figueira. Terá aí tido origem o meu avô materno, pelo menos ficou-lhe o nome por que foi conhecido, Agostinho do Vale da Figueira. As searas foram abandonadas e cresceu o mato. Até que pelos anos 70 começaram as plantações de vinha por transferência de outros locais mais húmidos e mais sujeitos a doenças, embora mais produtivos. Assim nasceram as nossas vinhas mais velhas, com as castas e a organização que eram usuais na região. Desde o início deste século, que estamos a investir na melhoria das vinhas, quer através de novas plantações, quer através da reenxertia de videiras existentes. O solo xistoso, pobre em nutrientes orgânicos, é ótimo para a produção de vinhos de qualidade. Nestes 5 hectares, predominam a Touriga Nacional e a Touriga Franca, mas também existe a Tinta Roriz, o Sousão, a Tinta Barroca e a Tinta Amarela. A vinha da Carvalha está situada a 650 metros de altitude, a 2 Km da Vila de Freixo de Numão, numa zona planáltica de xisto, de onde se avista a cidade de Vila Nova de Foz Côa, ao longe as encostas dos vales do Côa e do Douro e do lado oposto o castelo de Numão e terras de Penedono. Esta vinha foi iniciada há cerca de 40 anos. Antes disso cultivava-se o trigo e o centeio, como acontecia na generalidade dos terrenos na região, quando o “pão” era necessário ser cultivado para comer. Hoje são cerca de 4 hectares de vinha e amendoal. Será num futuro próximo, o berço dos nossos brancos. A vinha velha, de castas brancas e tintas misturadas, está a ser replantada e substituída por plantação de branco, das castas Rabigato, Códega de Larinho e Viosinho. A vinha do Arrabalde está situada nas imediações de Freixo de Numão, como o próprio nome indica, a cinco minutos de caminho do centro da Vila. Esta propriedade de cerca de 2 hectares, 1 de olival novo com cerca de 50 anos e outro de vinha, replantada nos anos 90 com 5 das castas mais características da Região, a Touriga Franca, a Touriga Nacional, a Tinta Roriz, o Tinto Cão e a Tinta Barroca. A uma altitude de 550 metros, solo arenoso e granítico, proporciona vinhos com grande frescura. |
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